Mariele Franco, socióloga, ativista dos direitos humanos e vereadora do Rio de Janeiro, tornou-se um ícone de resistência e luta por justiça social no Brasil
Seu trágico assassinato em 2018 não aniquilou seu legado; ao contrário, intensificou as vozes que clamam por transformações na sociedade
Ao falarmos de "Mariele Nua", evocamos não apenas uma imagem, mas uma poderosa metáfora sobre vulnerabilidade e força. A nudez, muitas vezes relacionada à exposição e fragilidade, pode, no contexto de Marielle, assumir um significado profundo de libertação
Em uma sociedade que frequentemente marginaliza corpos e vozes de mulheres negras, a nudez de Marielle nos convida a refletir*: até que ponto a sociedade impõe roupas e armaduras para ocultar a essência das pessoas? Durante minha jornada de pesquisa sobre Marielle e seus ensinamentos, fui tomado por um sentimento de empoderamento
Reconhecer a nudez como um ato de resistência me trouxe à tona a ideia de que, desnudados, somos expostos à crítica, mas também à autenticidade
Cada camadas de nossas vidas, frequentemente marcadas por preconceitos, transforma-se em um campo de batalha onde a dignidade e a liberdade são reivindicadas
Marielle nos mostra que, mesmo diante da adversidade, a afirmação da individualidade e a negação de estigmas sociais são atos de coragem
O ato de se mostrar como realmente somos, sem máscaras, é uma forma de desafiarmos o status quo
Assim como Marielle, podemos defender nossas causas e lutar pela equidade, mesmo em um mundo que insistimos em nos vestir com as roupas da conformidade. A arte de estar nu, tanto fisicamente quanto simbolicamente, pode ser uma declaração de resistência em tempos de opressão
"Mariele Nua" é um chamado para que possamos todos nos despir das falsas expectativas e preconceitos, reconhecendo nossa vulnerabilidade como um veículo de transformação e empoderamento
O legado de Marielle não é só uma lembrança de luta, mas uma inspiração incessante a favor da vida, da liberdade e da justiça.